Muitos pais passam pela experiência devastadora da perda de um filho em completa solidão, com pouca informação e apoio, podendo acarretar um impacto adicional no luto. E isso se reflete no término de relações conjugais, aumento do uso de álcool e drogas ou ainda, como mostrou a pesquisa realizada pela organização Tommys e publicada na revista The Lancet, duplicando o risco de depressão e quadriplicando o risco de suicídio em ambos os pais.
Somente através de leis conseguiremos a amplitude necessária, consolidando um espaço/tempo de conscientização social, construção de conhecimento e compartilhamento de conteúdos e experiências, resultando no desenvolvimento progressivo da qualidade do acolhimento e garantia de direito das famílias enlutadas brasileiras.
A aprovação dos projetos de leis que construímos em conjunto com o poder público são grandes conquistas, não somente para a ONG amada Helena, mas para todos que vivem a perda de um filho no Brasil, sendo importante pela visibilidade que traz para a causa, e sobretudo por ser uma vitória contínua, já que abre caminho para as futuras instituições e pessoas que queiram prestar cuidado a pais enlutados.