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E se a felicidade não vier sozinha?

Março, mês da Conscientização da Gestação Após a Perda

Nosso compromisso é trazer reflexões importantes sobre o luto parental para quebrarmos juntos os tabus que cercam a perda de um filho.

Conscientizar não é apenas dizer que é o mês de conscientização e fazer postagens exaltando o bebê arco-íris ou afirmando que a gestação pós-perda é mágica. É também reconhecer que pode ser difícil, que sentimentos opostos irão surgir, e que a mãe pode, inclusive, tentar evitar o vínculo com o bebê – como não comprando o enxoval, não se preocupando tanto com a alimentação ou não querendo ouvir o tum-tum do coraçãozinho no exame. Sentimentos e pensamentos ambíguos se fazem presentes; assim, a alegria de uma nova história pode vir acompanhada de medo, insegurança e até culpa. Tudo isso é esperado na gestação após a perda, afinal, nenhuma gestação é vivida da mesma forma e, nesse contexto, os sentimentos se misturam ainda mais.

Pensamentos, sentimentos, decisões, tudo se transforma e fica ainda mais complicado:

“Ainda não consigo contar para as pessoas.” – Esse é um momento seu e de sua família, compartilhe quando se sentir à vontade.

“Acho que deveria estar sentindo algo diferente.” – A gestação após perda não tem um único jeito de ser vivida, seu sentir é legítimo.

Hoje, ele (o filho que morreu) estaria com tal idade. Na mesma época de gestação, o peso dele era tal tinha tantos cm de comprimento.” – Faz parte da vida comparar, especialmente experiências que já vivemos. Na parentalidade, não é diferente: comparamos filhos, gestações, vivências. Eles são irmãos, e está tudo bem.

“Eu deveria estar mais feliz.” E se dissermos que é normal sentir medo, angústia e incerteza? E isso não quer dizer que você não esteja feliz. A experiência de uma nova gestação após a perda de um filho carrega sentimentos intensos e, muitas vezes, ambiguos como amor e medo, esperança e saudade.

“E se eu me “apegar” e acontecer de novo… Ninguém tem controle sobre o que acontece. Criar laços nos torna vulneráveis à dor da perda, mas criar vínculos é parte essencial do  que nos torna humanos.

A verdade é que em qualquer gestação e no decorrer da maternidade ou paternidade, sentimos medo, dúvidas e insegurança. A gestação após a perda não é diferente.

Você não precisa viver esse caminho sozinha(o).

Estamos aqui.

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