Refleti muito nos últimos dias sobre a maternidade e como me definir nesse papel, especialmente neste mês. Mãe enlutada, mãe de anjo, mãe de estrela… Percebi que, na busca por me incluir “me recortei”. Levei a ideia de que ser “Mãe de Anjo”, “mãe enlutada”, “mãe de estrela” é diferente de ser “apenas” mãe. No entanto, de fato, minha maternidade não é separada das demais. Mesmo que seja desempenhada de uma forma completamente diferente, eu deveria ser chamada, vista e compreendida “apenas” como mãe, mesmo após perder Helena.
A meu ver, isso seria de fato um rompimento do tabu em torno do “ser mãe” sem ter o filho fisicamente presente, ser reconhecida como tal, mesmo que socialmente ele não seja visto.
Portanto, para você, mãe, que assim como eu por vezes se vê e por tantas outras vezes não se reconhece como mãe, envio meu abraço neste mês, que apesar de ser de tantas homenagens, às vezes nos traz tanta dor.
Lembro que a maternidade é uma jornada única, e não há um caminho único para seguir então independentemente de como escolhamos identificar essa maternidade ou o “título” que adotemos, nós da ONG amada Helena acolhemos e validamos todas as mães. 💖
Para finalizar quero saber: e você como se refere a você?
Tatiana Maffini, mãe da Helena, do Helano e do Héctor